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Justiça chilena condena a 15 anos de prisão repressores do regime Pinochet

Santiago - Um juiz chileno condenou a 15 anos de prisão o chefe e quatro agentes da temida polícia secreta da ditadura de Augusto Pinochet, que já cumprem penas por crimes contra a humanidade, informaram nesta quarta-feira (5/9) as autoridades.

O juiz Alejandro Solís condenou a "15 anos de prisão por sua responsabilidade como autor de homicídio qualificado" o chefe da extinta Direção de Inteligência Nacional (Dina), Manuel Contreras, e os agentes Marcelo Moren Brito, Miguel Krassnoff, Fernando Lauriani e Mario Jahn, revela o site do Poder Judiciário.

Solís julga o homicídio qualificado de Ramón Hugo Martínez González, assassinado em 13 de janeiro de 1975, em Santiago". A vítima era militante do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR).

Segundo a investigação, Martínez foi detido no dia 6 de janeiro de 1975 por agentes da Dina e, levado à Villa Grimaldi, um centro de detenção durante a ditadura de Pinochet situado no subúrbio de Santiago.

Em Villa Grimaldi, o militante de esquerda foi torturado até a morte.



Contreras, 83 anos, foi informado da sentença na Penitenciária Cordillera, onde cumpre 200 anos de prisão por outros crimes contra a humanidade, entre eles o assassinato do general Carlos Prats e de sua esposa em um atentado na cidade de Buenos Aires, em 1974.

Os quatro agentes também já estão presos por crimes ligados à violação dos direitos humanos.

A ditadura de Pinochet deixou mais de 3 mil mortos ou desaparecidos.