Jornal Correio Braziliense

Mundo

Representantes de seis países árabes cobram fim da violência na Síria

Brasília ; Os representantes dos seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) apelaram no domingo (2/9) para que a comunidade internacional adote ;medidas eficazes; de proteção à população da Síria, que há 18 meses sofre com a onda de violência. Eles pediram ainda que o governo do presidente Bashar Al Assad colabore com a ;transferência pacífica do poder;. A estimativa é que mais de 20 mil pessoas morreram na Síria desde março de 2011.

;Pedimos que a comunidade internacional assuma suas responsabilidades e adote medidas eficazes para proteger os civis sírios;, diz o documento, assinado pelos representantes de Omã, dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita, do Catar, Bahrein e Kuwait. ;[O ideal é que ocorra] ;uma transferência pacífica do poder para concretizar as aspirações do povo sírio.;

O comunicado foi divulgado após reunião em Jeddah (Arábia Saudita). No documento, os representantes do CCG dizem ainda que ;denunciam o prosseguimento dos massacres devido à obstinação do regime em utilizar todas as armas pesadas, incluindo aviões e tanques;.



[SAIBAMAIS]Durante a reunião, os representantes do CCG elogiaram a escolha do diplomata da Argélia Lakhdar Brahimi como novo emissário especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria. ;[Apelamos ainda para que] todos os que estão no Líbano façam prevalecer o interesse nacional e impeçam as tentativas destinadas a comprometer a segurança e a estabilidade do país, envolvendo-o no ciclone da crise síria;.

Paralelamente, o governo Assad reagiu às críticas do presidente do Egito, Mohammed Morsi, que na semana passada cobrou o cessar-fogo imediato na Síria e o fim das violações e violência. O porta-voz do Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, Jihad Makdissi, reagiu ao comentário de Morsi que classificou o governo como um ;regime opressivo sírio;.

;Escutamos as palavras do presidente Morsi. Posso dizer que foram dececionantes;, disse o porta-voz. ;Todos sabemos que ele tem um passado com a Irmandade Muçulmana. Mas agora é o presidente de um importante país árabe;, acrescentou. ;Penso que o novo presidente egípcio ainda não está preparado [para essa função]. Com o tempo, deverá aumentar a sua dose de realismo. Esperemos que seja capaz de compreender a verdade do que se passa na Síria e adotar uma posição a esse nível.;