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Dezoito corpos encontrados em Damasco; rebeldes intensificam ataques

Damasco - Pelo menos 18 corpos de homens não identificados foram encontrados neste sábado em Damasco e nas proximidades da capital síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ao mesmo tempo que os rebeldes intensificam os ataques contra posições do regime de Bashar al-Assad.

Cinco corpos foram encontrados no bairro de Qadam, zona sul da capital, enquanto outros 13 foram descobertos em localidades próximas, incluindo Kafar Batna, segundo a ONG com sede em Londres. Muitas vítimas receberam tiros e tinham as mãos atadas, enquanto outras tinham marcas de tortura.

[SAIBAMAIS]A descoberta de cadáveres se intensificou nas últimas semanas na Síria, onde as execuções sumárias são cada vez mais frequentes, segundo o OSDH. Os mortos são rebeldes ou vítimas de ajustes de contas entre sírios favoráveis e contrários ao regime de Assad. Neste sábado, a agência oficial Sana afirmou que um grupo "terrorista" liderado por um homem identificado como Abdallah Husein al-Takal cometeu um "massacre" no bairro de Al Marjeh, perto do centro de Aleppo (norte), onde teria matado uma família, incluindo três menores de idade.

No campo de batalha, os rebeldes intensificam os ataques contra as infraestruturas das forças aéreas do regime. Nos últimos dias, os insurgentes passaram a centrar suas ações contra as bases aéreas e os aviões do Exército. Eles alegam ter destruído vários helicópteros e aeronaves, com o objetivo de limitar o domínio da aviação síria.

Ao mesmo tempo, a Rússia, um dos principais aliados de Damasco, afirmou que seria "ingênuo" pensar que o presidente sírio será o primeiro a retirar suas tropas, em resposta às declarações da véspera do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para quem a principal responsabilidade pelo fim da violência é do regime.

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Na sexta-feira à noite, os rebeldes assumiram o controle do edifício principal de uma base aérea na cidade de Bukamal, na província de Deir Ezzor (leste), perto da fronteira com o Iraque, também de acordo com o OSDH. "É um ponto importante para os insurgentes", disse Rami Abdel Rahman, presidente do OSDH.

Informações não confirmadas destacam que os rebeldes conseguiram tomar o controle de mísseis antiaéreos. Após a operação, 16 soldados sírios foram capturados, de acordo com fontes rebeldes.