Ao encerrar visita de três dias a Assunção, capital paraguaia, a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) informou que as autoridades do Paraguai atuam para o fortalecimento da democracia. O chefe de gabinete da Secretaria-Geral da OEA, Hugo de Zela, destacou uma ;abertura dos setores políticos;. Segundo ele, há desejo de diálogo em todos os níveis de Poder no país ; Executivo, Judiciário e Legislativo.
A OEA enviou a missão ao Paraguai para examinar a situação política porque o país foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em junho. A suspensão ocorreu logo após a destituição do então presidente Fernando Lugo do poder.
Para os líderes políticos da região, houve o rompimento da ordem democrática, pois não foi dado tempo para Lugo se defender do processo de impeachment. As autoridades do Paraguai negaram irregularidades no processo envolvendo Lugo. Segundo as autoridades, houve respeito à Constituição e à legislação paraguaias.
Nos três dias que passaram em Assunção, os observadores da OEA se reuniram com representantes do Executivo, Judiciário e Legislativo para analisar a organização para as eleições de 21 de abril de 2013. Os paraguaios irão às urnas para a escolha do presidente, do vice-presidente, dos governadores e parlamentares.
[SAIBAMAIS]O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Fernández Estigarribia, disse que a missão da OEA concluiu que o objetivo das autoridades do país é promover "[um processo] transparente e de amplo diálogo político". Em dezembro, chega ao Paraguai um grupo de observadores que ficará no país até abril de 2013.
No próximo dia 11, os magistrados da Justiça Eleitoral se reúnem com o secretário de Assuntos Políticos da OEA, Kevin Casas-Zamora, e o presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, José de Jesús Orozco, também para tratar das eleições de abril de 2013.