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Quinze anos após sua morte, Diana segue presente através de seus filhos



O emir do Qatar, que comprou a Harrods, manteve na loja o monumento de homenagem colocado por Mohamed al-Fayed. Os turistas seguem passando diante das fotos de Dodi e Diana, do copo de cristal no qual Diana bebeu na noite de sua morte ou da réplica do anel presenteado por Dodi, entre outros.

Os últimos anos da princesa, casada aos 20 anos com o herdeiro do trono, Charles, que estava apaixonado por outra, Camilla Parker-Bowles, também são o tema de um filme em preparação, no qual Naomi Watts interpreta Diana.

Diante deste culto discreto, o resto da família real soube recuperar sua popularidade.

Elizabeth II, cujo apoio entre a população despencou após o acidente por sua aparente frieza, e depois de vários divórcios na família real, encontra-se agora no auge de sua popularidade.

A soberana se beneficiou das celebrações do 60; aniversário de seu reinado, em junho, e de seu incrível senso de humor demonstrado no fim de julho na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, quando aceitou participar de uma paródia de James Bond na qual simulava saltar de paraquedas no Estádio Olímpico.

Um sinal de que os tempos mudaram. Charles e Camilla, que se casaram em 2005, são vistos agora como um casal agradável de sexagenários cheios de humor, longe dos escândalos do passado.

Os filhos de Diana, William, de 30 anos, e Harry, de quase 28, tomaram seu lugar sob os holofotes. O primeiro fez o reino feliz em abril de 2011 ao se casar com a encantadora Kate Middleton, depois de presenteá-la com o famoso anel de noivado de safira e diamantes de sua mãe.

O turbulento Harry é o astro dos tablóides, entre palhaçadas e noites de álcool, como a ocorrida recentemente em Las Vegas, quando jogou "strip-bilhar" com jovens e acabou sendo fotografado nu.

Mas o país perdoa, em geral, os excessos de juventude deste piloto de helicópteros Apache que sonha em voltar ao Afeganistão com seu regimento.

"Hoje em dia, pensamos menos em Diana e mais neles", comenta à AFP Kate Williams, autora de "Young Elizabeth", um livro sobre a juventude da rainha. "Se parecem com ela... Dão às associações beneficentes, são calorosos, vão até as pessoas e não são empertigados", assegura.

Segundo Williams, Diana, "que nunca foi criticada por seu papel de mãe", estaria "muito orgulhosa de seus filhos". Se ainda estivesse viva, a princesa, que teria completado 51 anos neste ano, teria montado "sua própria associação beneficente", afirma a historiadora, que a imagina "embaixadora da boa vontade das Nações Unidas" ao estilo de "Angelina Jolie ou da rainha Rânia da Jordânia".