Damasco - Um carro-bomba explodiu nesta terça-feira (28/8) durante funerais em um subúrbio de Damasco favorável ao regime sírio, deixando 27 mortos, no momento em que o Exército bombardeava bairros da capital e as cidades de Aleppo e Idleb para tentar acabar com a resistência rebelde.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o atentado contra o bairro de Jaramana, habitado por cristãos e drusos, ocorreu durante os funerais de dois partidários do regime de Bashar al-Assad.
Na Jordânia, mais de 20 membros das forças de segurança ficaram feridos nesta terça em confrontos com refugiados revoltados que protestavam contra as suas condições de vida, segundo fontes jordanianas.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), o número total de pessoas refugiadas na Jordânia chega a 214 mil.
A Turquia, que limitou o número de entrada de refugiados em 100 mil pessoas, pedirá na quinta-feira aos seus sócios do Conselho de Segurança da ONU que aliviem o "fardo" de seu país e solicitará a criação em território sírio de uma "zona de proteção" sob controle da ONU.
Mas uma zona deste tipo requer uma resolução da ONU, o que é difícil de alcançar com a oposição da Rússia a qualquer intervenção estrangeira no território de seu aliado sírio.
Além disso, o chefe do Estado-Maior do Exército russo, Nikolai Makarov, indicou que Moscou não tem a intenção de retirar seus assessores militares da Síria e que manterá suas atividades, apesar da escalada da violência, segundo as agências russas.
A Suíça, por sua vez, propôs ao Conselho de Direitos Humanos da ONU a incorporação à Comissão de Investigação sobre a Síria da ex-procuradora do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia Carla del Ponte, famosa por sua perseguição aos criminosos de guerra, informou Tilman Renz, porta-voz do Departamento Federal de Assuntos Exteriores (DFAE) em uma entrevista à rede de televisão SF.