Foram 10 dias no território sírio, em um trabalho de investigação sobre as atuais condições de civis desarmados que vivem sob o pesado fogo cruzado da guerra civil que se arrasta para o 19; mês. As quase duas semanas de investigações bastaram para que a Anistia Internacional (AI) declarasse, em um relatório de 11 páginas, que os civis estão suportando um ;terrível nível de violência entre as forças do governo e combatentes da oposição;. Para a organização, o regime do presidente Bashar Al-Assad é o principal agente da violência indiscriminada. Coincidentemente, a imprensa local e grupos de direitos humanos classificaram as ofensivas militares de ontem como as mais pesadas das últimas semanas, com saldo de pelo menos 100 mortos pelo país, em um mês que já contabiliza quase 4 mil baixas (veja o quadro) e caminha para tornar-se o mais violento desde o início do conflito.
Vários bairros residenciais foram bombardeados de forma ;indiscriminada; em Aleppo e Damasco, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), baseado em Londres. ;Os ataques muitas vezes não discriminam combatentes da oposição e moradores civis. Parecem dirigidos aleatoriamente contra bairros sob o controle da oposição e onde os combatentes são baseados, e não contra alvos militares específicos;, descreve o texto da AI. O governo afirma que os insurgentes são as únicas vítimas do Exército e alega que parte dos civis mortos corresponde a pessoas usadas como ;escudo humano; pelo que chamam de ;terroristas;.