Roma - Os bombeiros italianos tiveram que combater durante a segunda-feira (20/8) 127 incêndios que devastaram florestas e zonas agrícolas na península, que registra a mais longa onda de calor da história recente do país, com três meses marcados por temperaturas de até 40 graus.
No sul, na região da Campânia, um bombeiro morreu asfixiado pela fumaça de um dos 32 incêndios registrados nesta região.
Durante apenas o mês de agosto, 1.490 hectares foram consumidos pelas chamas, que atingiram também as regiões de Calábria, Basilicata, Toscana e Lacio.
Segundo o corpo florestal do Estado, a maioria dos incêndios é de origem criminosa.
As autoridades fizeram um apelo à população para que tome medidas adequadas contra a onda de calor. Os especialistas alertaram que esta semana será a mais quente do verão e temem que as altas temperaturas afetem as produções de vinho e azeite de oliva devido à longa estiagem.
A Itália está sendo atingida pelo anticiclone "Lúcifer", o mais forte do verão, depois do "Calígula", que atingiu o país com elevadas temperaturas no fim de semana passada.
No sábado, cerca de mil turistas tiveram de ser retirados às pressas de um acampamento de férias da Marinha em Grosseto, naToscana, devido ao fogo que ameaçava as instalações.
Sete ondas de calor consecutivas desde junho, provenientes do deserto do Saara, atingiram a península e, segundo o climatologista Giampiero Maracchi, são fruto das mudanças climáticas em curso.