Brasília ; Depois de uma série de confrontos entre policiais e trabalhadores, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, concluiu neste sábado (18/8) a visita a Marikana, no Noroeste do país. Nos últimos dias, 44 pessoas morreram em conflitos entre policiais e mineiros. Apenas anteontem (16) 36 mineiros não resistiram aos ferimentos causados durante os confrontos com os policiais. Os conflitos são considerados os mais agressivos desde o fim do apartheid (regime de segregação racial), em 1994.
Acompanhado de ministros e assessores, Zuma visitou alguns feridos e conversou com os profissionais de saúde do Hospital Andrew Saffy, para o qual foram levadas várias vítimas. Apenas anteontem 78 pessoas saíram feridas dos confrontos. A informação é do porta-voz da Presidência da República da África do Sul, Mac Maharaj.
O episódio gerou manifestações e críticas no país, pois imagens reproduzidas pelas emissoras de televisão mostravam os trabalhadores sendo atacados por policiais com armas e fuzis. Os minieros, em movimento grevista, usavam paus, pedras e facas. O presidente da República disse que a reação dos policiais era "inaceitável".
"Estou convencido de que a comissão de inquérito [nomeada pelo governo federal] vai mostrar a verdade. Pedimos a todos que dêem assistência de emergência às famílias durante este difícil e doloroso período", disse Zuma.
A violência em Marikana, nos arredores de Rustenburg, região onde estão alguns dos maiores depósitos de platina do mundo, eclodiu na sequência de uma greve, à qual aderiram mais de 3 mil mineiros da empresa Lonmin, divididos entre dois sindicatos que lutam pela hegemonia nas minas.
O ex-líder da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANC) Julius Malema pediu hoje a renúncia de Zuma. Malema recomendou a todos os mineiros sul-africanos que façam parte da greve em solidariedade às vítimas dos últimos conflitos. "A polícia não tinha o direito de utilizar munições reais contra todos e o presidente [Zuma] é o responsável porque a polícia atuou sob as suas instruções", disse Malema.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
Acompanhado de ministros e assessores, Zuma visitou alguns feridos e conversou com os profissionais de saúde do Hospital Andrew Saffy, para o qual foram levadas várias vítimas. Apenas anteontem 78 pessoas saíram feridas dos confrontos. A informação é do porta-voz da Presidência da República da África do Sul, Mac Maharaj.
O episódio gerou manifestações e críticas no país, pois imagens reproduzidas pelas emissoras de televisão mostravam os trabalhadores sendo atacados por policiais com armas e fuzis. Os minieros, em movimento grevista, usavam paus, pedras e facas. O presidente da República disse que a reação dos policiais era "inaceitável".
"Estou convencido de que a comissão de inquérito [nomeada pelo governo federal] vai mostrar a verdade. Pedimos a todos que dêem assistência de emergência às famílias durante este difícil e doloroso período", disse Zuma.
A violência em Marikana, nos arredores de Rustenburg, região onde estão alguns dos maiores depósitos de platina do mundo, eclodiu na sequência de uma greve, à qual aderiram mais de 3 mil mineiros da empresa Lonmin, divididos entre dois sindicatos que lutam pela hegemonia nas minas.
O ex-líder da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANC) Julius Malema pediu hoje a renúncia de Zuma. Malema recomendou a todos os mineiros sul-africanos que façam parte da greve em solidariedade às vítimas dos últimos conflitos. "A polícia não tinha o direito de utilizar munições reais contra todos e o presidente [Zuma] é o responsável porque a polícia atuou sob as suas instruções", disse Malema.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa