Beirute - A embaixada dos Estados Unidos em Beirute pediu nesta sexta-feira (17/8) aos cidadãos americanos no Líbano que aumentem a precaução devido ao crescimento da ameaça contra eles.
"A embaixada americana recebeu relatos de ameaças crescentes de ataques a cidadãos dos Estados Unidos no Líbano", indicou em um comunicado, enquanto vários países do Golfo pediram nesta semana que seus cidadãos deixem o país após o sequestro de dezenas de sírios por xiitas.
"As ameaças incluem sequestro, o aumento da violência, conflitos familiares ou entre vizinhos, e até mesmo ataques terroristas contra cidadãos americanos no Líbano", acrescentou a embaixada.
"Os funcionários da embaixada dos Estados Unidos estão sujeitos a severas restrições de movimento e os cidadãos americanos devem tomar precauções extras", informou o comunicado.
Na quarta-feira, o clã xiita Muqdad reivindicou o sequestro de 20 sírios e de um turco em Beirute e em Bekaa, em retaliação pelo sequestro, dois dias antes, de um membro de sua família, reivindicado na rede de televisão Al-Arabiya por um grupo rebelde sírio que o acusa de ser um franco-atirador contratado pelo Hezbollah, partido xiita armado aliado ao regime de Damasco.
A Turquia recomendou nesta sexta-feira (17/8) a seus cidadãos que não entrem no Líbano.
A embaixada americana também anunciou a suspensão dos programas Fulbright e dos cursos de línguas no Líbano, o que limitará os projetos de pesquisa e reduzirá as bolsas de estudo para estudantes em universidades americanas.
Na quarta-feira (15/8), cinco monarquias árabes do Golfo - Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein e Kuwait - pediram que seus cidadãos deixem o Líbano por causa das ameaças potenciais e das consequências do conflito sírio.