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Tribunal russo condena integrantes do Pussy Riot a dois anos de prisão



Partidários e opositores das jovens se deslocaram ao tribunal antes do início do julgamento. O caso dividiu profundamente a sociedade russa. Muitos bispos e fiéis denunciaram a profanação da catedral e o ataque contra a Igreja. Mas outros, incluídos no seio da Igreja, também consideraram o julgamento desproporcional. Grupos ultranacionalistas e ortodoxos protestavam diante do edifício. "Quero que as Pussy e aqueles que as apoiam queimem no inferno", declarou um deles. Uma centena de pessoas gritava, por sua vez, "Liberdade para as Pussy Riot", "Liberdade para os prisioneiros políticos".

Entre as figuras do protesto do regime do presidente Vladimir Putin, o blogueiro e grande crítico da corrupção Alexei Navalny conseguiu entrar no tribunal. Já o líder da Frente de Esquerda, Sergei Udaltsov, foi parado quando tentava se aproximar do edifício, assim como outros partidários das Pussy Riot. Em Ekaterinburgo, nos Urais, cerca de 30 pessoas se reuniram para apoiar as Pussy Riot, informou a agência de notícias Interfax. Em Samara, na região do Volga, nove pessoas foram detidas durante um protesto, segundo a mesma fonte. O caso adquiriu dimensão internacional e as três mulheres receberam nas últimas semanas enorme quantidade de apoios procedentes do mundo inteiro. Vários artistas como Paul McCartney, Madonna, Sting e Yoko Ono expressaram sua solidariedade.