Sídney - A mãe de Julian Assange agradeceu nesta quinta-feira (16/8) ao governo do Equador por conceder asilo diplomático ao fundador do WikiLeaks, mas continua preocupada com o destino de seu filho, de acordo com a imprensa local.
Em uma entrevista à Australian Associated Press, Christine Assange declarou: "Acho que ninguém no mundo pode dizer que esta não foi uma decisão bem pensada". "Estou extremamente impressionada com o presidente do Equador e seus ministros, que são educados, éticos (...) e que investigaram realmente e com honestidade as reivindicações do meu filho", acrescentou.
[SAIBAMAIS]Julian Assange, de 41 anos, se refugiou na embaixada equatoriana em Londres em 19 de junho, depois que um tribunal britânico ordenou sua extradição para a Suécia para responder as acusações de estupro e abuso sexual, que ele nega firmemente. O governo britânico disse, no entanto, que "cumprirá com a obrigação de extraditar Assange".
O fundador do WikiLeaks teme que a Suécia seja apenas uma etapa antes de uma transferência para os Estados Unidos, onde responderia por acusações de espionagem, após a publicação, em 2010, de centenas de milhares de telegramas diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.
Christine Assange, que viajou para Quito no mês passado para se encontrar com o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que ainda está preocupada com a ameaça do governo britânico de entrar na embaixada do país sul-americano para capturar o seu filho e extraditá-lo para a Suécia. "O que o governo britânico está propondo é uma vergonha, é certo que ele (Julian) está ocupado pensando sobre o que fazer a partir de agora", acrescentou.