Quito - O Equador anunciará às 07h local (09h Brasília) desta quinta-feira (16/8) sua decisão sobre o pedido de asilo do fundador do Wikileaks, Julian Assange, informou o chanceler Ricardo Patiño nesta quarta-feira.
"Tomamos uma decisão" no caso Assange "e será comunicada amanhã (quinta), às sete da manhã neste mesmo local", disse Patiño na sede da Chancelaria em Quito.
"Poderão assaltar nossa embaixada se o Equador decidir não entregar Julian Assange", advertiu o chanceler na mesma entrevista.
"A posição que assumiu o governo da Grã-Bretanha é inadmissível, tanto do ponto de vista político como do jurídico", afirmou o chanceler ao destacar que "a entrada não autorizada na embaixada do Equador (em Londres) seria uma violação flagrante da Convenção de Viena".
Já a Grã-Bretanha anunciou nesta quarta-feira que está "decidida" a extraditar Julian Assange para a Suécia, onde é procurado pela justiça por acusações de agressão sexual e estupro.
Segundo o porta-voz do ministério britânico das Relações Exteriores, "a Grã-Bretanha tem uma obrigação legal de extraditar Assange para a Suécia para que responda às acusações de agressão sexual e estamos decididos a cumprir essa obrigação".
Assange, 41 anos, se refugiou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho passado, para evitar sua extradição à Suécia.
O australiano afirma que a Suécia planeja entregá-lo aos Estados Unidos, onde é investigado por espionagem após divulgar em seu site despachos confidenciais do departamento de Estado, incluindo documentos sobre as guerras do Iraque e Afeganistão.