A crise na Síria é tema de uma reunião extraordinária nesta terça-feira (14/8) em Meca, na Arábia Saudita, entre representantes de 57 países que fazem parte da Organização de Cooperação Islâmica (OCI). Líderes regionais pressionam pela suspensão da Síria do grupo, mas o Irã resiste à proposta e defende a manutenção. Durante a cúpula será abordado também o processo de paz entre Israel e a Palestina.
Defendem a suspensão da Síria da organização, a Arábia Saudita e o Catar. O Irã faz campanha para evitar a restrição aos sírios. O secretário-geral da organização, Ekmeleddin Ihsanoglu, disse que o agravamento da violência na região é tema prioritário do debate.
[SAIBAMAIS]O presidente do Conselho Nacional Sírio, principal movimento da oposição, Abdel Basset Sayda, pediu à organização que adote uma ;posição firme para pôr fim aos massacres diários;. O conselho defende a imediata renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, e de sua equipe. Também quer a adoção de uma área de exclusão área. "[O ideal é adotar] duas zonas de exclusão aérea, no Norte, perto da fronteira turca, e no Sul, próximo à Jordânia", disse Sayda. "[É necessário ainda criar] locais seguros para os refugiados e corredores humanitários", acrescentou.
Em Teerã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast, reiterou que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahamdinejah, não aceitará de ;maneira alguma; a suspensão da Síria da OCI. Segundo ele, Assad é alvo de uma série de conspirações lideradas por estrangeiros.
Há 17 meses, a Síria vive sob clima de guerra. Mais de 20 mil pessoas morreram nesse período, de acordo com organizações não governamentais. Os manifestantes pedem a renúncia de Assad, o fim das violações de direitos humanos e mais liberdade. O governo reage com pressão e repressão, segundo organizações não governamentais.