Johannesburgo - Operários sul-africanos mataram dois policiais que tentavam conter um confronto entre sindicatos que deixou oito mortos em uma mina de platina explorada pela empresa Lonmin, indicou a polícia.
"Nossos policiais estavam tentando conter uma manifestação na mina. Trabalhadores os atacaram e dois deles foram agradidos até a morte", indicou o porta-voz da polícia, Lindela Mashego. A Lonmin é a terceira maior produtora mundial de platina. Um terceiro oficial da polícia foi levado em estado crítico para o hospital.
Os violentos confrontos, que começaram no domingo na mina explorada pela Lonmin, foram descritos como uma luta pelo poder entre o Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM) e o Sindicato das Associações de Mineiros e da Construção (AMCU).
Um mineiro foi linchado em sua casa e um outro que tentava ir ao trabalho na noite de domingo foi morto a tiros nesta segunda-feira de manhã, declarou à Eric Gcilitshana, secretário do NUM encarregado da saúde e da segurança na mina.
"Dez trabalhadores foram agredidos, quatro morreram", declarou Gcilitshana. A polícia havia indicado anteriormente que quatro mineiros tinham sido mortos. "Não conhecemos as pessoas de lá", afirmou o secretário-geral do NUM, Frans Baleni, que rejeita qualquer responsabilidade, acrescentando que "condena a violência, particularmente o assassinato de policiais e de trabalhadores inocentes."
A companhia confirmou no domingo em um comunicado o assassinato de dois agentes de segurança, indicando que o incidente teve início após "uma interrupção ilegal do trabalho e uma manifestação na sexta-feira" seguida por cerca de 3.000 mineiros.
Segundo a empresa, o movimento de greve "rapidamente descambou para atos criminosos entre os grupos rivais."