Integrantes da oposição da Síria pediram nesta segunda-feira (13/8) às autoridades estrangeiras que tentem estabelecer uma área de exclusão aérea no país para impedir bombardeios promovidos por militares ligados ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. O comandante de oposição, Abu Alaa, disse que a tensão maior está na região da cidade de Alepo, a capital econômica da Síria.
Alaa disse que a ideia é que os países aliados à oposição atuem para impedir que aviões e helicópteros do governo sobrevoem algumas regiões sírias. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, evitou comentar a respeito.
Porém, especialistas no tema acreditam que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não aprovará a área de exclusão, pois as delegações da Rússia e China impedem medidas de restrição ao governo Assad.[SAIBAMAIS]
A iniciativa da oposição ocorre no momento em que o primeiro-secretário da Missão da Síria na ONU, Danny Al Baaj, renunciou ao cargo. Na semana passada, o governo Assad sofreu uma baixa, considerada a mais grave dos últimos dias. O então primeiro-ministro da Síria, Riad Hijab, de 48 anos, renunciou ao cargo e fugiu para a Jordânia.
Há 17 meses, a Síria vive sob um clima de guerra. A estimativa é que mais de 20 mil pessoas tenham morrido no país, segundo organizações não governamentais. A oposição insiste na renúncia de Assad, no fim das violações aos direitos humanos e da violência na região.