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Reunião de Teerã com 29 países apela para 'diálogo nacional' na Síria

Teerã - Os representantes dos 29 países presentes na reunião sobre a Síria em Teerã, apelaram para um "diálogo nacional" entre a oposição e o governo sírio.

O chefe da diplomacia iraniana, Ali Akbar Salehi, que presidiu a reunião "consultiva" com representantes da Rússia e China, aliadas do regime sírio, afirmou que "boa parte da oposição síria aceitou participar de um diálogo com o governo em Teerã sem condições prévias".

Salehi afirmou que o Irã, aliado do presidente Bashar al-Assad, está em contato com grupos da oposição no interior da Síria e no exterior.

O ministro sírio para a Reconciliação Nacional, Ali Heydar, deve se reunir com as autoridades iranianas para discutir o tema, segundo o ministro. "Queremos que eles (os opositores) sentem com o governo e cooperem para realizar reformas", disse.

Segundo Salehi, os participantes da reunião de Teerã expressaram sua "profunda preocupação quanto a continuidade da violência". "É um erro acreditar que pressionando (o regime) algo vai mudar", declarou, criticando a política de Estados Unidos, Arábia Saudita, Catar e Turquia.

O Irã acusa estes países de fornecer armas aos rebeldes sírios. Já a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, denunciou o "papel nefasto" do Irã na crise síria e denunciou o "eixo de resistência" formado por Irã, o partido libanês Hezbollah e Síria.



Também participaram da reunião sete países árabes: Argélia, Iraque, Jordânia, Mauritânia, Omã, Sudão e Tunísia, além dos latino-americanos Venezuela, Cuba, Equador e Nicarágua. Um representante da ONU marcou presença.[SAIBAMAIS]

Salehi criticou a política dos países ocidentais que, segundo ele, favorecem "o desenvolvimento do extremismo". "Se continuarem com esta política, um futuro sombrio aguarda o mundo", disse, comparando a Síria com o Afeganistão, onde a política ocidental favoreceu grupos extremistas, segundo ele.

A Síria está em crise desde março de 2011, quando os protestos iniciados contra o regime foram militarizados devido ao aumento da repressão.