Nova York - O banco britânico Standard Chartered Bank (SCB) foi acusado nesta segunda-feira (6/8) pelas autoridades regulatórias de Nova York de esconder transações ilegais com Irã, por um total de 250 bilhões de dólares em quase 10 anos.
O banco, com sede em Londres, enfrenta uma possível suspensão de sua licença para operar em Nova York, centro da atividade financeira norte-americana, por não poder justificar as transações que supostamente violam as sanções norte-americanas no Irã.
"As transações colocaram o sistema financeiro norte-americano em uma posição vulnerável a terroristas, traficantes de armas, drogas e regimes corruptos, e privaram os investigadores de informações cruciais", disse o Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York.
O banco britânico, que foi convocado no dia 15 de outubro para explicar estas supostas violações da lei e para demonstrar por que a licença da SCB para operar no estado de Nova York não deveria ser revogada.
As autoridades acusam em especial a SBC de ter conspirado junto a seus clientes iranianos entre 2001 e 2007 para efetuar quase 60.000 transações em dólares através de sua filial em Nova York e de ter apagado os dados que permitiriam sua identificação.
Além disso, afirmaram que o banco enfrenta possíveis multas por suas atividades, que também poderiam incluir transações ilegais com Líbia, Birmânia e Sudão, enquanto estes países estavam sob sanções por parte dos Estados Unidos.