A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) alertou nesta sexta-feira (3/8) que mais de 1,5 milhão de pessoas na Síria se viram obrigadas a deixar suas casas em busca de locais seguros, dentro do próprio país, devido à onda de violência. Foram criados campos para refugiados, mas a maioria das pessoas está abrigada em escolas, centros de treinamento, mesquitas e casas de parentes e amigos.
A porta-voz da Acnur, Melissa Fleming, disse que a estimativa é que o número seja ainda maior em decorrência do aumento da insegurança e do medo em todo país. A onda de violência na Síria já tem 17 meses e matou mais de 20 mil pessoas principalmente civis, inclusive crianças e mulheres, segundo organizações não governamentais.
[SAIBAMAIS]De acordo com o Crescente Vermelho Árabe Sírio, grupo ligado à Cruz Vermelha, 7,2 mil pessoas estão abrigadas em 45 escolas e seis dormitórios em Alepo, a segunda maior cidade da Síria, onde estão concentrados os principais embates. Há informações que a violência se espalha na região de Damasco, capital síria.
Os embates na Síria começaram em março de 2011 quando a oposição passou a cobrar, por meio de protestos, a renúncia do presidente Bashar Al Assad, há 11 anos no poder. Assad reagiu com fortes ações repressivas. A comunidade internacional recomenda uma transição política pacífica na região.