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Rebeldes controlam caminho estratégico entre Aleppo e Turquia na Síria

Aleppo - Os rebeldes se apoderaram nesta segunda-feira (30/7) de um posto estratégico que lhes permite enviar reforços e munições aos seus companheiros de armas em Aleppo, a grande cidade do norte onde as forças do regime afirmaram ter tomado o controle de uma parte do bastião rebelde.

Diante da escalada do conflito, a França, que em agosto assumirá a presidência do Conselho de Segurança da ONU, pedirá uma reunião de urgência dos ministros das Relações Exteriores do organismo, segundo o chanceler francês, Laurent Fabius. "O Exército tomou o controle de parte do bairro de Salahedin e prossegue com sua ofensiva", declarou uma fonte das forças de segurança em Damasco.

O coronel Abdel Khabar al-Oqaidi, chefe do conselho militar rebelde em Aleppo, desmentiu esta informação e afirmou que as tropas governamentais "não avançaram nem um metro". "Durante a noite repelimos um novo ataque contra Salahedin, e destruímos quatro tanques", afirmou o coronel Al-Oqaidi, que na véspera pediu que o Ocidente instaure uma zona de exclusão aérea no norte da Síria, acusando o regime de preparar "um massacre" em Aleppo. Por sua vez, os rebeldes disseram ter tomado o controle de um ponto de acesso estratégico entre Aleppo e a Turquia. "O posto de controle de Anadan, 5 km ao noroeste de Aleppo, foi tomado às 5h (23h de Brasília) depois de 10 horas de combates", afirmou o general rebelde Ferzat Abdel Nasser.

[SAIBAMAIS]Seis soldados morreram e 25 foram capturados, indicou o general, acrescentando que os rebeldes perderam quatro homens. Desde a noite de domingo, a agência oficial síria Sana havia anunciado que os soldados estavam "limpando" a zona de Salahedin de "terroristas", como as autoridades se referem aos rebeldes. Imediatamente, não era possível saber a verdadeira situação no local devido aos combates, que limitam o deslocamento dos jornalistas.



Desde sábado, quando teve início a ofensiva do Exército para recuperar o controle de Aleppo, cidade situada 355 km ao norte de Damasco, os rebeldes dizem resistir aos ataques das tropas oficiais contra sua posição, ao mesmo tempo em que exigem armas aos países "amigos" para vencer as tropas governamentais poderosamente armadas. O controle desta cidade é considerado crucial no conflito iniciado há 16 meses por uma revolta popular que se tornou armada diante da repressão do regime.