Damasco - A metade dos membros da missão de observadores das Nações Unidas na Síria deixou o país. "Cento e cinquenta observadores deixaram a Síria na noite de terça (24/7) e nesta quarta-feira (25/7), e eles não vão voltar", informou um observador, sem se identificar. "Eles foram embora depois de ter sido tomada uma decisão de reduzir a missão pela metade", disse um segundo observador, sem especificar quem tomou a decisão. A Missão de Observação da ONU na Síria, como a força é conhecida oficialmente, consiste em 300 observadores militares desarmados acompanhados por cerca de 100 funcionários civis de apoio.
[SAIBAMAIS]Foi implantada em abril para supervisionar um cessar-fogo que foi fortemente desrespeitado e em meados de junho parou de realizar patrulhas diante da intensificação dos combates. No dia 20 de julho, o Conselho de Segurança da ONU votou pela extensão do mandato da missão por 30 dias "finais", com as nações ocidentais alertando que a violência contínua significava que era improvável que os observadores fossem capazes de permanecer no país.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, afirmou que a resolução permitiria aos observadores "se retirar de forma segura" da Síria, enquanto o chanceler britânico William Hague disse que a resolução deu ao governo do presidente Bashar al-Assad "uma última chance" para manter seu compromisso de acabar com a violência. Mas o embaixador russo, Vitaly Churkin, insistiu que a frase "período final de 30 dias" no texto não era uma sentença de morte para a UNSMIS e que o trabalho deveria continuar. "Isto não é uma resolução sobre retirada, é uma resolução sobre prosseguimento da atividade da missão", disse.