A oposição na Síria denuncia que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, transferiu armas químicas para os aeroportos localizados nas fronteiras do país com vários vizinhos. A Síria está localizada em uma área próxima ao Líbano, à Jordânia, ao Iraque, à Turquia e a Israel.
A informação foi divulgada pelo Exército Sírio Livre, que é formado por integrantes da oposição. As autoridades sírias admitiram que poderão usar armas químicas em caso de ameaças externas ao país. ;Nós, do comando do Exército Sírio Livre, sabemos perfeitamente onde estão essas armas e os seus posicionamentos;, diz a oposição em comunicado. ;Revelamos que Assad transferiu algumas armas e equipamentos de mistura de componentes químicos para aeroportos da fronteira.;
O Exército Sírio Livre disse que o governo começou, há meses, a deslocar estoques de armas de destruição de massa para fazer pressão na região e na comunidade internacional. Nessa segunda-feira (23/7), o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria, Jihad Makdissi, disse que o governo sírio pode usar armas químicas, se considerar necessário.
De acordo com o porta-voz, as armas químicas serão adotadas em ;caso de ataque externo e nunca contra os seus cidadãos;. Há 16 meses a Síria enfrenta um clima de guerra, com a morte de mais de 16 mil pessoas, inclusive crianças e mulheres. A confirmação sobre o uso de armas químicas provocou preocupação na comunidade internacional. O presidente norte-americano, Barack Obama, avisou ao governo sírio que é ;um erro trágico; usar armas químicas, e a ação pode levar à punição internacional.
[SAIBAMAIS]O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Basset Sayda, principal representante da oposição, disse estar convencido da possibilidade de Assad usar armas químicas. ;Um regime que massacra crianças e violenta mulheres poderia perfeitamente usar armas químicas.;
A oposição informou ainda que apenas nessa terça oito detentos foram mortos durante a repressão de uma rebelião na prisão central de Alepo, no Norte do país. O motim ocorria enquanto a cidade, a segunda mais importante da Síria, sofria o quinto dia consecutivo de bombardeios por parte de forças do governo. Os oposicionistas disseram que a polícia atirou e lançou gás lacrimogêneo nos detentos.