Pelo quarto dia consecutivo, integrantes da oposição e das forças de segurança do governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad, enfrentam-se em Damasco, a capital do país. Os opositores dizem que atuam pela liberação de Damasco. A capital síria ainda está sob o comando das forças aliadas do governo. O esforço dos opositores é para ganhar espaço e ter o domínio da cidade. Organizações não governamentais (ONGs) informam que os moradores dos bairros de Midane e de Tadamoun, na capital, são obrigados a deixar suas casas.
[SAIBAMAIS]Dessa terça (17/7) à noite até esta quarta-feira (18/7), dois generais de brigada e 300 cidadãos sírios fugiram em direção à Turquia. De acordo com as autoridades turcas, há cerca de 43,3 mil sírios vivendo em abrigos temporários no país. Ontem o Exército sírio usou helicópteros de combate para atacar, na capital do país, os opositores, chamados por Assad de rebeldes. As deserções de oficiais aumentaram nos últimos dias. A estimativa é que pelo menos 20 militares graduados deixaram as Forças Armadas da Síria desde a eclosão da crise no país, em março de 2011.
O presidente da França, François Hollande, confirmou que o general Manaf Tlass, um dos mais graduados do Exército sírio, abandonou suas funções. O general Tlass divulgou uma carta aberta em que culpa Assad por toda a violência na Síria. Para a Cruz Vermelha Internacional, a situação na Síria é crítica e pode ser comparada à crise vivida no Afeganistão. O Conselho de Segurança das Nações Unidas discute hoje a proposta de impor mais sanções à Síria como forma de pressionar Assad a adotar um cessar-fogo.