A polícia do Chipre prendeu um jovem libanês suspeito de ter planejado um atentado contra alvos israelenses na ilha, indicou neste sábado a imprensa cipriota, enquanto o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de estar por trás do plano.
Um porta-voz da polícia negou-se a confirmar ou desmentir a informação, devido, segundo ele, à "delicadeza do caso". "É uma questão de segurança que examinemos muito seriamente, portanto não podemos fazer mais comentários", disse o porta-voz à AFP.
Após a prisão, o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, denunciou o "terrorismo iraniano", que, segundo ele, "não tem fronteiras". "Depois que o Irã enviou homens para assassinar o embaixador saudita nos Estados Unidos, e de seus atentados em Azerbaijão, Bangcoc, Tbilisi, Nova Délhi e África, revela agora sua intenção de realizar um ataque terrorista no Chipre", acusou Netanyahu.
De acordo com a imprensa, o suspeito seria membro do movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do Irã.
Segundo o site Sigmalive, a polícia cipriota foi alertada por serviços de inteligência estrangeiros. O indivíduo, que entrou no Chipre como turista portando um passaporte sueco, foi detido no hotel em que se hospedava, no último fim de semana.
A TV pública informou que agentes do serviço secreto israelense entregaram informações sobre o suspeito a autoridades cipriotas. Ele compareceu ontem a um tribunal pela segunda vez, e foi mantido sob custódia por um período de sete dias, segundo o Sigmalive. O site acrescentou que o homem desembarcou na ilha para planejar um atentado contra um avião ou um ônibus.
O jornal Phileleftheros indicou, por sua vez, que o suspeito carregava notas e detalhes sobre uma aeronave israelense. A rádio pública detalhou que ele estava hospedado na cidade costeira de Limasol, e fotografava alvos israelenses.