Um grupo de países ocidentais está trabalhando em uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê sanções ao regime do presidente sírio Bashar Al Assad, em consequência da chacina de quinta-feira (12/7) em Treimsa, na qual morreram 200 pessoas.
Alemanha, Estados Unidos, França, Portugal e Reino Unido propuseram uma resolução que imporá sanções à Síria, se o regime de Assad não puser fim à violência e trabalhar pela aplicação de um plano internacional de paz.
Diplomatas dos 15 países do Conselho de Segurança da ONU reuniram-se na sede das Nações Unidas, em Nova York, e os embaixadores deverão continuar com as conversações sobre uma eventual resolução sobre sanções contra o governo sírio.
Segundo a França, os ataques de quinta-feira, nos quais a ONU diz que foram usados helicópteros e ;unidades mecanizadas;, reforçam a necessidade de sanções. ;Temos de mostrar uma posição mais forte, com ameaça de sanções do Conselho de Segurança. Chegou a hora de cada um assumir as suas responsabilidades;, disse, em Paris, Bernard Valero, porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros.
[SAIBAMAIS]Em declarações a jornalistas a bordo do Air Force One, o assessor adjunto da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o incidente ;irá certamente reforçar a posição internacional; no sentido de pressionar Assad.
A Rússia, que prepara uma proposta de resolução alternativa pedindo a renovação do mandato da missão da ONU na Síria, que termina no próximo dia 20, continua sustentando que as sanções são ;inaceitáveis;.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manteve-se à margem do debate do Conselho de Segurança sobre as sanções, mas está ;profundamente preocupado; com os acontecimentos em Treimsa, disse seu porta-voz, Martin Nesirky.
Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia, disse que a chacina na aldeia na região central da Síria foi uma ;violação flagrante; do plano apresentado por Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe. ;Estou profundamente chocada com as notícias sobre o cruel assassínio de pelo nenos 200 homens, mulheres e crianças na aldeia de Treimsa;, afirmou Catherine, em comunicado.