Moscou - A Rússia condenou com veemência o massacre de Treimsa na Síria e exigiu uma investigação sobre esse "crime sangrento", que atribuiu a "forças que buscam semear o ódio interreligioso no país. "Nós condenamos com firmeza este crime sangrento", declarou o porta-voz da diplomacia russa, Alexandre Loukachevitch, em um comunicado. "A Rússia insiste na necessidade de uma investigação deste massacre e exprimi sua solidariedade sincera para com o povo sírio", acrescenta a nota.
[SAIBAMAIS]A Rússia costuma a acusar os rebeldes de tentar sabotar as negociações com o regime de Bashar al-Assad incitando assim maiores violências a fim de conseguir a intervenção de potências estrangeiras na Síria, ao que Moscou é totalmente contra.
Ao menos 150 pessoas, incluindo dezenas de rebeldes, foram mortas em Treimsa, no centro da Síria, segundo uma ONG, enquanto a oposição denuncia o massacre e exige uma resolução do Conselho de Segurança para acabar com a violência.
A oposição imediatamente se referiu a um "massacre", enquanto os militantes no interior do país indicaram que a maioria das vítimas era composta por rebeldes, mortos em combates nesta província de Hama.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que indicou o número de mortos, também fez referência a "dezenas de insurgentes" entre as vítimas neste enclave sunita cercado de cidades alauítas.
Por enquanto, a questão síria continua bloqueada no Conselho de Segurança da ONU. O impasse entre os países ocidentais e a Rússia, principal aliada do regime de Bashar al-Assad, impede o avanço de uma resolução contra Damasco.