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Resultados preliminares dão vitória aos liberais no leste da Líbia

Trípoli - Os novos resultados preliminares das eleições líbias, baseados nos assentos reservados aos partidos políticos, confirmaram nesta quarta-feira (11/7) a derrota sofrida pelos islamitas no leste do país, antes considerado o seu reduto.

Em Benghazi (11 assentos), a Aliança das Forças Nacionais (AFN, liberal) registrou 95.733 votos contra 16.143 votos para o Partido da Justiça e da Construção (PJC), ligado à Irmandade Muçulmana.

Em uma outra circunscrição reunindo quatro cidades do leste, incluindo Al-Baida, a aliança liberal do ex-primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT, no poder) Mahmud Jibril, obteve 47.551 votos, muito à frente do PJC, que ficou com 6.424. Um outro partido que faz parte da coalizão de Jibril ficou em terceiro, com 4.790 votos.

Segundo os resultados anunciados na terça-feira, os islamitas ficaram com seis vezes menos assentos do que a aliança liberal em uma outra região do leste que reúne as cidades de Tobruk, Kobba e Derna (5 assentos).



Esses resultados são relativos aos 80 assentos reservados aos partidos da futura Assembleia Nacional.A disputa também é travada pelos 120 assentos atribuídos a candidatos individuais. Islamitas e liberais tentarão seduzir ao máximo os candidatos independentes ou ligados a um partido que ocuparem as cadeiras.

[SAIBAMAIS]Hoje, o secretário-geral da AFN, Faiçal al-Krekchi, indicou em uma entrevista que sua aliança conseguiu até o momento cem assentos: 55 atribuídos pela votação às formações e entre 40 e 45 dos independentes ligados à aliança. Na terça-feira, o líder do partido islamita PJC, Mohamed Sawan, havia afirmado que seu partido tinha conseguido "bons resultados" na votação para candidatos independentes.

As eleições foram realizadas no sábado para a escolha dos 200 membros do Congresso Nacional Geral, que vai substituir o Conselho Nacional de Transição (CNT) até a adoção da futura Constituição. As leis serão votadas por maioria de dois terços, o que pode causar um bloqueio, na ausência de um consenso ou de um grande bloco majoritário.