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França considera Síria uma ameaça para a segurança internacional

Paris - A Síria se tornou uma "ameaça para a segurança internacional", afirmou nesta sexta-feira (6/7) o presidente francês François Hollande, ao abrir em Paris a conferência do grupo de países Amigos do Povo Sírio.

Hollande também enviou uma mensagem para a Rússia, que boicota a reunião. "Quero dirigir-me aos que não estão aqui. No momento em que estamos da crise síria, não é mais questionável que esta crise se tornou uma ameaça para a paz e a segurança internacional". Para superar a crise, o presidente sírio "Bashar al-Assad deve partir e um governo de transição deve ser constituído". "Aos que afirmam que o regime de Bashar al-Assad, apesar de ser detestável, pode permitir evitar o caos, afirmo que terão o regime mais detestável e o caos. E o caos ameaçará seus interesses", completou.

[SAIBAMAIS]Hollande afirmou que o "o plano (do enviado internacional Kofi) Annan continua sendo o meio mais seguro para fazer cessar a violência e iniciar uma transição política". O presidente francês pediu aos países reunidos em Paris que assumam cinco compromissos, incluindo sanções ao regime sírio, e afirmou que a conferência deve "estimular" o Conselho de Segurança da ONU a atuar para pressionar Damasco. A conferência de Amigos do Povo Sírio tem representantes de quase 100 países árabes e ocidentais, de organizações internacionais e da oposição síria.



Pouco antes da reunião, o chanceler francês, Laurent Fabius, afirmou que a questão do exílio de Assad está na mesa, mas considerou que o presidente sírio não pode ser recebido em um grande país, como Rússia, França ou Estados Unidos. "É um assunto a ser tratado", disse. Na quinta-feira (5/7), o chanceler russo Serguei Lavrov confirmou que Moscou foi solicitada para oferecer asilo ao presidente sírio, mas rejeitou a proposta, que chamou de "piada".