Ramallah - Os líderes palestinos querem uma investigação internacional sobre a morte do líder histórico Yasser Arafat para encerrar o caso, declarou nesta quinta-feira (5/7) o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki.
Esta solicitação foi apoiada pela Tunísia, que exigiu uma reunião urgente da Liga Árabe e a criação de uma comissão de investigação internacional. "Esperamos que esta iniciativa tunisiana se traduza em uma ação e que a reunião seja organizada. Depois pediremos a formação de uma comissão de investigação internacional similar à que foi criada depois do assassinato (em 2005) do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri para que possamos resolver todas as perguntas que não tiveram resposta", afirmou Riyad al-Malki.
[SAIBAMAIS]Por sua vez, a principal autoridade muçulmana palestina, o mufti Mohammad Hussein, declarou que nenhuma regra religiosa proíbe a exumação do cadáver de Yasser Arafat, que jaz em um mausoléu na sede da presidência, em Ramallah. "Se fosse necessário analisar um cadáver para uma investigação, e fosse preciso extrair tudo ou uma parte, nada se oporia a isso", opinou.
O Institute for Radiation Physics de Lausanne, que analisou amostras biológicas extraídas dos objetos pessoais de Arafat, entregues a sua viúva pelo hospital militar francês de Percy, onde morreu no dia 11 de novembro de 2004, descobriu ali "uma quantidade anormal de polônio", segundo um documento divulgado na terça-feira pela rede de televisão Al-Jazeera.