Paris - O presidente francês, François Hollande, manifestou nesta terça-feira (26/6) o seu apoio à transição democrática em Mianmar, ao receber em Paris a líder opositora Aung San Suu Kyi, que aproveitou para pedir às empresas ocidentais que invistam em seu país para reforçar a democracia.
A Prêmio Nobel da Paz chegou à tarde em Paris em um trem procedente de Londres. Pouco depois, foi recebida no Palácio do Eliseu, com direito a tapete vermelho, uma honra normalmente reservada aos chefes de Estado.
Após o seu encontro com o presidente, a defensora dos direitos civis birmanesa concedeu uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de Hollande, que afirmou que a França "apoiará todos os atores da transição democrática em Mianmar, e fará todo o possível com (...) a União Europeia para que este processo seja concluído, ou seja, para que haja uma democracia plena".
O chefe de Estado indicou que está disposto a receber na França o presidente birmanês, o ex-general Thein Sein, "se quiser vir".
A opositora birmanesa afirmou que acredita que o presidente de seu país é "sincero" em sua vontade de democratizar a nação asiática, e manifestou a sua vontade de "vigiar para que este processo (de democratização) não descarrile". Aung San Suu Kyi aproveitou para instar novamente as empresas ocidentais a investir em seu país para "reforçar os fundamentos da democracia".
"Precisamos da democracia tanto como de desenvolvimento econômico (...) O desenvolvimento econômico não pode ser um substituto da democracia; deve ser empregado para reforçar os fundamentos da democracia, o desenvolvimento político, social e econômico de nosso país", declarou à imprensa.[SAIBAMAIS]
Com esta visita de Aung San Suu Kyi, última etapa de sua viagem europeia, a França quer manifestar seu apoio e também a disponibilidade de suas empresas para participar da reconstrução do país, depois de décadas de ditadura militar.