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Policiais negociam fim de motim enquanto indígenas adiam chegada a La Paz



Dávila citou como evidência do plano de conspiração um atentado com dinamite que interrompeu nesta madrugada as transmissões de uma rádio do sindicato camponês de Oruro, favorável ao governo.

Com o objetivo de evitar acusações de conspiração contra Morales, a marcha de indígenas da Amazônia, que rejeita a construção de uma estrada em seu território, considerado área protegida, adiou sua entrada em La Paz, depois de caminhar por mais de dois meses das terras baixas até a sede de governo (um trajeto de 600 km).

Cerca de mil indígenas amazônicos levantaram um acampamento a 12 km de La Paz, na cidade de Urujara, em meio a um forte frio que afetou particularmente mulheres e crianças que acompanham a caminhada.

Morales disse no domingo (24/6) que setores de oposição conspiram contra seu governo e buscam fazer com que as reclamações dos indígenas coincidam com o motim dos policiais. O vice-presidente Álvaro García citou inclusive a existência de um suposto "Plano Tipnis" (Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure) que buscaria desestabilizar o governo.