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Presidente colombiano e chanceler uruguaio contrários à destituição de Lugo

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou neste sábado que o processo pelo qual Fernando Lugo foi destituído da presidência paraguaia deixa um "sabor ruim", e se disse à espera de um informe da chanceler María Ángela Holguín para fixar uma posição a respeito do caso.

"Este procedimento bastante sui generis de um julgamento de duas horas deixa um gosto muito ruim", disse Santos citado em um comunicado da imprensa governamental.

Santos disse este sábado que é amigo e estima o presidente destituído e que lamenta "enormemente que isso tenha acontecido".
[SAIBAMAIS]
"Vamos analisar que posição tomamos em definitivo e esperamos poder fazê-lo em conjunto com os demais países", acrescentou Santos, que aguarda o relatório de Holguín que viajou a Assunção junto com outros chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

Luis Almagro, chanceler uruguaio também se manifestou sobre esta questão. Segundo ele, "a imposição de um novo presidente nestas condições não condiz com as práticas democráticas fundamentais", no twitter da Secretaria de Comunicação da Presidência uruguaia.

Ele instou o Paraguai a convocar "o quanto antes seu povo para eleger as autoridades". Antes do pronunciamento, Almagro se reuniu longamente com o presidente uruguaio, José Mujica, para delinear a postura do país.

O ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo foi destituído na sexta-feira, tendo sido considerado culpado por uma maioria de 39 votos (de 43) da acusação de "mal desempenho de suas funções", em um julgamento político muito rápido.