Nesta sexta-feira, após seis semanas de julgamento, a defesa tentou explicar ponto a ponto a primeira avaliação psicológica, que concluiu que o acusado sofria de "esquizofrenia paranoide". Lippestad destacou que os pontos de vista extremistas de seu cliente não eram as ideias delirantes sintomáticas de uma doença - como afirmava o primeiro informe -, e sim a expressão de uma ideologia compartilhada por outros.
Segundo o advogado, Breivik desencadeou em Utoya "um inferno de violência" não por prazer, como alguns psiquiatras deram a entender, e sim por convicção ideológica. Na quinta-feira, a promotoria solicitou a internação psiquiátrica de Breivik, por considerar que existem dúvidas suficientes sobre sua saúde mental. Se for considerado penalmente irresponsável, o extremista de 33 anos corre o risco de ser internado em um centro psiquiátrico, possivelmente pelo resto da vida.
Mas, se for declarado responsável, pode ser condenado a 21 anos de prisão, uma pena que pode ser ampliada enquanto for considerado perigoso. O acusado pretende fazer uma declaração final ainda nesta sexta-feira. Depois, seu destino estará nas mãos dos juízes, que decidirão entre a internação ou a penitenciária no veredicto, que deve ser anunciado em 20 de julho ou 24 de agosto.