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Opositora birmanesa pede ao mundo ajuda à democracia em Mianmar

Londres - A líder da oposição birmanesa, Aung San Suu Kyi, pediu nesta quinta-feira (21/6) ao Reino Unido e ao resto do mundo para que ajudem o seu país a completar o caminho para a democracia, em um discurso histórico no Parlamento britânico.

"Meu país está no início de uma jornada para, espero, um futuro melhor", declarou a Prêmio Nobel da Paz a 2.000 pessoas, incluindo membros da Câmara dos Deputados, da Câmara dos Lordes e outros convidados ilustres que a receberam com uma ovação de pé em Westminster Hall.

Mas, ressaltou, "existem muitos morros para subir, muitas pontes para atravessar, muitas barreiras para derrubar". "Nossa determinação só pode nos levar a certo ponto, o apoio das pessoas no Reino Unido e em todo o mundo pode nos levar muito mais longe", disse, acrescentando que falava como "amiga e igual".

Suu Kyi, que passou cerca de 15 anos em prisão domiciliar, recuperou recentemente seu passaporte, o que possibilitou esta primeira viagem em 24 anos pelas capitais europeias que sempre apoiaram sua luta pacífica pelas reformas democráticas desde 1988.

Nesse ano ela abandonou o Reino Unido, deixando para trás o seu marido, Michael Aris, e seus dois filhos adolescentes em Oxford, onde na terça-feira comemorou os seus 67 anos com amigos e familiares e em cuja prestigiosa universidade recebeu na terça-feira o título Honoris Causa.

Suu Kiy permanece na Inglaterra até a próxima terça-feira (26/6), quando viajará para França antes de encerrar esta viagem histórica de 15 dias.