Para o advogado, o conteúdo pode denegrir a imagem do jogador. ;O canal transformou a história do Bruno em romance. Como está envolvendo os atributos da personalidade do cidadão, era necessária uma autorização para isso. Eles até podem fazer uma história sobre o processo do ;Caso Bruno;, mas como não vi o documentário, não quero deixar que ele seja veiculado. Eles podem ter feito de um jeito que coloca Bruno como culpado;, explica Eduardo Salles Pimenta.
Além de tentar impedir a veiculação do episódio, o defensor também pediu uma multa de R$ 100 mil, mais um real de cada assinante do canal e do site, caso a liminar seja desrespeitada. ;Não quero apenas que o juiz defira a ação, quero que ele não deixe passar o programa e fixe a multa. Porque é uma forma de impedi-los;, afirma o advogado. Segundo Eduardo Pimenta, a nova tentativa da defesa não deve ser julgada nesta segunda-feira. ;Entreguei agora à tarde a ação. Ela deve ser julgada somente amanhã de manhã;, disse.
O episódio sobre o chamado ;Caso Bruno; vai ao ar sob o título ;Penalidade Máxima;. Embora o corpo de Elisa nunca tenha sido encontrado, a Prodigo Filmes, produtora da série, considera que ela realmente foi morta e teve o corpo desmembrado. ;Crime que chocou o país em virtude da crueldade de seu mandante. A história envolve o assassinato e esquartejamento de Elisa, ex-amante do goleiro Bruno, reconhecido em seu clube, o Flamengo, e cotado para defender a seleção brasileira em 2014;, diz a sinopse.
Os principais depoimentos, segundo a produtora da série, são do jornalista Juca Kfouri, do advogado Cláudio Dalledone, que defenseu Bruno durante a maior parte do processo, do delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações, do advogado José Arteiro, que representava a mãe de Elisa, e da delegada Alessandra Wilke, que participou do começo das investigações.