Beirute - O Exército sírio manteve nesta segunda-feira (11/6) os bombardeios a vários redutos rebeldes, onde 52 pessoas foram mortas, indicou uma ONG síria.
Pelo menos 28 civis, 20 soldados e quatro rebeldes foram mortos, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O Exército bombardeou com a ajuda de helicópteros a cidade de Rastan, na província de Homs (centro), que é controlada por rebeldes há meses, disse a ONG. Quatro civis morreram, incluindo uma menina.
[SAIBAMAIS]Em Qousseir, também na província de Homs, rebeldes atacaram um posto de controle do Exército e dois civis foram mortos por militantes pró-governo, de acordo com a mesma fonte. Os bombardeios também atingiram a localidade de Haffi, na província de Latakia (noroeste), atacada por seis dias, segundo ativistas. A situação é "terrível e os tanques do Exército estão às portas da cidade", disse um deles, Sema Nassar, contatado pela AFP via Skype.
"Há apenas um médico que trata todos os feridos na cidade", abandonada pela maioria dos seus 30.000 habitantes, de acordo com ele. "Ainda há alguns rebeldes e civis armados que ajudam a defender a cidade", acrescentou. Na província de Hama (centro), quatro civis foram mortos em operações das forças de segurança para sufocar a dissidência, e um atirador foi morto, de acordo com OSDH. Setores da província também foram bombardeados pelo Exército.
Na província de Deir Ezzor (leste), a cidade de Al-Achara foi alvo de bombardeios que mataram quatro civis e um desertor. Combates também irromperam entre rebeldes e soldados, seis deles foram mortos, prosseguiu o OSDH. Na província de Idleb (noroeste), nove civis foram mortos, incluindo cinco na queda de um obus sobre seu acampamento, e 13 membros das forças de segurança morreram em ataques com explosivos contra suas patrulhas, acrescentou a ONG.
Na capital síria, uma bomba colocada embaixo de um carro no bairro de Barzé explodiu matando uma pessoa, prosseguiu o OSDH, que não indicou a origem de veículo. Em outras regiões de Damasco, um "oficial local" foi assassinado por pistoleiros na cidade de Daraya.
Os combates se intensificaram nos últimos dias em várias cidades do país e atingiram Damasco. O Exército Sírio Livre (ESL), formado principalmente por militares dissidentes, aumenta cada vez mais o número de baixas do regime. Mais de 14.100 pessoas morreram desde o início da revolta, em 15 de março de 2011, segundo o OSDH. Além das forças de segurança, outro alvo cada vez mais frequente dos rebeldes tem sido a infraestrutura de distribuição de energia da Síria.
Um atentado praticado com um artefato explosivo danificou nesta segunda-feira de manhã um gasoduto no leste do país, provocando o vazamento de 400.000 m3 de gás, indicou a agência de notícias oficial síria Sana, acusando "um pequeno grupo terrorista armado".
"Um pequeno grupo terrorista armado atacou utilizando um artefato explosivo no início desta manhã de segunda-feira o gasoduto que liga o campo de Amr, da Al-Furat Petroleum Company, em Deir Ezzor (leste), a Homs (centro), a cerca de 20 km do campo", indicou a Sana. A explosão a provocou o vazamento de "cerca de 400.000 m3 de gás, além de incêndio".