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Esquerda radical perde para extrema direita nas legislativas da França

O líder da esquerda radical francesa, Jean-Luc Mélenchon, perdeu a disputa para a dirigente ultradireitista Marine Le Pen, que liderou os resultados em sua circunscrição de Hénin-Beaumont (norte), neste domingo, no primeiro turno das eleições legislativas da França. Mélenchon, que enfrentou Marine Le Pen em Henin-Beaumont, admitiu a derrota em um discurso. Ele ficou em terceiro lugar e por isso, no segundo turno previsto para 17 de junho, não disputará a cadeira em jogo, que será decidida entre a candidata da extrema direita e o candidato socialista Philippe Kemel. "É normal que esteja decepcionado, mas não podemos deixar nos abater", disse Mélenchon, ex-socialista. O líder da Frente de Esquerda, uma coalizão cuja principal componente era o Partido Comunista, foi o quarto candidato mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais, em 22 de abril. Já Marine Le Pen declarou que seu partido, a Frente Nacional, confirmou sua "posição de terceira força" do país e exortou uma "recomposição" da direita, após o bom resultado obtido no primeiro turno das legislativas. "A recomposição que desejamos está em andamento", disse Le Pen, que se mostrou confiante em que seu partido volte a ter deputados na Câmara Baixa do Parlamento, após 24 anos de ausência. "Peço a todos os eleitores que querem uma oposição autêntica aos socialistas que se mobilizem no próximo domingo", data do segundo turno das legislativas, disse Le Pen em Henin-Beaumont. "O povo entrará na Assembleia" Nacional, acrescentou Marine Le Pen. Segundo estimativas divulgadas no fechamento das seções eleitorais, a Frente Nacional de Marine Le Pen obteve mais de 13% dos votos, sendo a terceira força mais votada. "Saímos deste primeiro turno em uma posição vitoriosa, com uma dinâmica extraordinária; acho que temos a capacidade de vencer", acrescentou. "Levando em conta a abstenção (em torno de 40%) e um modo de escrutínio profundamente antidemocrático que há 25 anos privou de deputados milhões de eleitores, esta noite confirmamos nossa posição de terceira força política da França", acrescentou.