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União Européia considera massacre de Al-Koubeir 'imperdoável'

BRUXELAS - A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, denunciou nesta quinta-feira como "imperdoável" o massacre cometido na quarta-feira em Al-Koubeir (centro da Síria) e exigiu uma "investigação total" sobre esses "crimes horríveis".

"Condeno com força a violência brutal e a morte de dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças, ontem nas aldeias de Al-Koubeir e de Maarzaf, na província de Hama na Síria", declarou Ashton em um comunicado, pedindo "uma investigação exaustiva sobre esses crimes horríveis".

"É importante estabelecer, sem atraso, quem é o responsável por esses massacres", acrescentou, considerando "totalmente inaceitável e imperdoável" o fato "de uma das partes do conflito, seja o governo ou as forças da oposição, continuar a cometer esses atos odiosos de violência contra cidadãos inocentes".

A União Europeia "condena com força todas as tentativas para bloquear a aplicação do plano de seis pontos do enviado especial Kofi Annan", acrescentou o comunicado.

Em um discurso na Assembleia Geral da ONU, Annan manifestou o seu horror e condenou o massacre de Al-Koubeir. "Não podemos deixar massacres sejam parte da realidade cotidiana da Síria", acrescentou.

Pelo menos 55 pessoas foram mortas em Al-Koubeir, segundo o presidente do Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman. O governo sírio negou a matança.