NOVA YORK - O enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, expressou seu horror e condenou o novo massacre registrado neste país, pedindo novamente uma ação internacional para por fim à violência.
O ex-chefe da ONU disse à Assembleia Geral que a crise na Síria se agrava e advertiu que, se não for feita uma mudança radical, "é provável que o futuro seja de repressão brutal, massacres, violência sectária e, inclusive, de uma guerra civil aberta".
Annan falou ante a Assembleia Geral da ONU depois de receber um relatório sobre dezenas de mortos, incluindo mulheres e crianças, na cidade síria de Al-Koubeir.
A audiência na ONU foi dominada por relatórios sobre o massacre de por volta de 50 pessoas, incluindo mulheres e crianças, ocorrido na quarta-feira na região de Hama, no centro da Síria, segundo indicou o Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão opositora.
"Os responsáveis por estes crimes devem ser julgados. Não podemos permitir que as matanças sejam parte da realidade cotidiana da Síria", disse Annan.
O enviado da ONU pediu uma ação internacional mais enérgica para apoiar o plano de paz de seis pontos, que o presidente Bashar al-Assad não colocou em prática até o momento.
"Devemos ter vontade e chegar a acordos para atuar, e atuar unidos", disse. "As ações individuais ou as intervenções não resolverão a crise. Quando pedimos respeito à lei internacional e ao plano de seis pontos, devemos deixar claro que haverá consequências se não for cumprido".