Moscou - A Rússia não considera a manutenção no poder do presidente sírio, Bashar al-Assad, uma condição prévia para um acordo para o fim do conflito na Síria, indicou nesta terça-feira (5/6) o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Guennadi Gatilov, à agência russa Itar-Tass.
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"Nunca dissemos ou impusemos como condição que Assad devesse necessariamente permanecer no poder no final do processo político" na Síria, declarou. "Esta questão deve ser administrada pelos próprios sírios", acrescentou, citado pela agência russa de Genebra. A Rússia sempre deu suporte ao seu aliado sírio, embora tenha evitado em diversas oportunidades apoiar o poder pessoal de Bashar al-Assad.
Os líderes da União Europeia pediram ao Kremlin que trabalhe com eles em uma "transição política", durante uma cúpula Rússia-UE na segunda-feira em São Petersburgo. Os Estados Unidos estão concentrados também na "preparação da transição política na Síria", segundo uma declaração do porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A Rússia foi muito criticada nos últimos meses por ter obstruído no Conselho de Segurança da ONU resoluções ocidentais contra o regime de Damasco. Moscou também manteve o fornecimento de armas a seu aliado de longa data, apesar dos temores de que sejam utilizadas na repressão à população civil.