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Hospitalização do príncipe Philip ofusca Jubileu de Elizabeth II

Londres - A hospitalização nesta segunda-feira (4/6) do príncipe Philip devido a uma infecção na bexiga ofuscou o Jubileu de Diamante de Elizabeth II, mas o espetáculo continuou com um show que contou com a presença da rainha em frente ao Palácio de Buckingham.

O duque de Edimburgo, que completará 91 anos no próximo domingo, foi internado em Londres no terceiro e penúltimo dia dessa maratona festiva como "medida de precaução após sofrer uma infecção na bexiga, que está sendo tratada", anunciou o Palácio de Buckingham em comunicado.

O príncipe permanecerá hospitalizado "sob observação, durante vários dias", completa o texto, e se sente "decepcionado" por perder o restante dos festejos do 60; aniversário da entronização de sua mulher.

O consorte mais longevo da história da monarquia britânica já teve de ser operado com emergência de uma obstrução coronária durante as últimas festas de Natal. O duque acompanhou na véspera a soberana na Barcaça Real que liderou a histórica procissão organizada no Tâmisa, e permaneceu de pé durante praticamente todo o percurso sob uma intensa chuva e temperaturas quase invernais.

Philip assistiria nesta segunda-feira (4/6) com a rainha a um grande show organizado em frente ao palácio de Buckingham, aberto pelo cantor Robbie Williams, diante de 12.000 espectadores, que também encheram a avenida Mall, que leva à Trafalgar Square.

Elton John, recuperado de uma infecção pulmonar, Paul McCartney, Stevie Wonder e Kylie Minogue se apresentarão no palco do show apresentado como um percurso musical pelas seis décadas do reinado de Elizabeth II.

A rainha, vestida com uma capa preta sobre um vestido dourado, uniu-se na metade do show no palco ao restante da família real, representada por Charles e sua mulher, Camila, além de Harry e William e Kate.

Shirley Bassey cantou em sua homenagem a música de um conhecido filme de James Bond, "Os Diamantes São Eternos", e cantores de toda a Commonwealth interpretaram a canção "Sing", escrita para a ocasião.

O grupo britânico Madness se reunirá para interpretar seu sucesso "Our House" sobre o teto do palácio, onde, há 10 anos, o guitarrista do Queen, Brian May, tocou uma memorável versão do hino "Deus salve a Rainha". No fim do show, às 21h30 GMT (18h30 de Brasília), Elizabeth II acenderá do palco a tocha nacional, situada na The Mall.

Esta será uma das últimas que devem ser acesas em sua homenagem, e que se soma às acesas de Tonga (Polinésia Ocidental) às ilhas Malvinas (Atlântico Sul), passando pelo hotel do Quênia onde a então jovem princesa foi informada da morte de seu pai no dia 6 de fevereiro de 1952.

A soberana abriu no começo da tarde seus jardins para as 10.000 pessoas que ganharam o convite e para centenas de representantes de organizações beneficentes, para um piquenique preparado pelo famoso chef britânico Heston Blumenthal e pelo cozinheiro real Mark Flanagan.

Os festejos terminarão na terça-feira com uma missa de ação de graças na catedral de St. Paul, um percurso da rainha em carruagem pelo centro de Londres e uma aparição no balcão do Palácio.