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ONU considera que massacre na Síria pode constituir crime contra humanidade

Genebra - A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, declarou nesta sexta-feira (1;/6) que o massacre de Houla, no centro da Síria, pode constituir "um crime contra a Humanidade".

"Estes atos podem constituir crimes contra a Humanidade e outros crimes internacionais e podem mostrar um modelo de ataques sistemáticos ou generalizados contra os civis, realizados em total impunidade", disse Pillay em uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos sobre a Síria em Genebra.

O Conselho de Direitos Humanos organizou uma sessão especial nesta sexta-feira sobre a Síria para abordar o massacre de pelo menos 108 pessoas, entre elas 49 crianças e 34 mulheres, na sexta-feira e no sábado passados em Houla, o que provocou uma enorme comoção em todo o mundo, e debater a possibilidade de formação de uma comissão independente para investigar o caso.

O pedido de maior pressão foi feito na quarta-feira pelos embaixadores de Qatar, Turquia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Dinamarca e União Europeia, e recebeu o apoio de 51 Estados. China e Rússia, que até o momento apoiaram o governo do presidente Bashar al-Assad, não assinaram a solicitação de sessão.
[SAIBAMAIS]
Em um discurso lido aos diplomatas, já que não está em Genebra, Pillay pediu à comunidade internacional que investigue as violações de direitos humanos na Síria e que apoie o plano de seis pontos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. "Se isso não ocorrer -adverte- a situação na Síria corre o risco de se tornar um conflito total e o futuro do país e de toda a região poderá estar em grave perigo".