Washington - A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira (30/5) que os países que apoiam o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, estão "do lado ruim da História" e lembrou sua "decepção" pela atitude de Moscou e de Pequim diante da situação na Síria.
"Assad será sempre lembrado pelo que fez no último fim de semana e pelo que fez nos últimos 15 meses", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em referência ao massacre de Houla, que deixou 108 mortos na sexta-feira, sendo que mais de 13 mil sírios morreram desde o início da revolta contra o governo de Damasco em março de 2011.
"Estamos convencidos, e manifestamos isso em nossas conversas (com outros países), que apoiar o regime de Al-Assad é colocar seu país do lado ruim da História".
Segundo os Estados Unidos, a Rússia é uma peça-chave nas negociações diplomáticas para evitar que a Síria caia em uma guerra civil, mas Moscou se opõe a qualquer intervenção militar e bloqueou várias sanções contra seu aliado no Conselho de Segurança da ONU.
"Estamos em permanente contato com os russos e outros (países) para tratar do que estamos vendo na Síria e da necessidade de pressionar mais o regime de Assad", explicou o porta-voz.
"Declaramos claramente nossa decepção pelo veto de Rússia e China à resolução (do Conselho de Segurança) sobre a Síria, que pede que Al-Assad coloque fim à brutal campanha contra seu povo", disse Carney.
Apesar do veto russo, Moscou uniu-se - assim como Pequim - à condenação da ONU pelo massacre de Houla, que deixou 108 mortos, entre eles 49 crianças, e 300 feridos.
O presidente sírio "não aproveitou uma chance de liderar uma transição política que melhorasse a situação da Síria na comunidade internacional e, mais importante, melhorar a vida de seus cidadãos", disse o porta-voz da Casa Branca.