O ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio da Coreia do Sul, Kim Sung-Hwan concluiu nesta segunda-feira (28/5) visita de dois dias ao Brasil levando de volta ao seu país o apoio do governo brasileiro à reivindicação coreana de assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, segundo revelou o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.
O ministro das Relações Exteriores falou à imprensa logo após reunião, no Itamaraty, na qual os dois países firmaram entendimento para aumentar a cooperação em ciência, tecnologia e inovação.
De acordo com Patriota, o nível de entendimento bilateral é crescente, e a visita que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, fará àquele país, ainda esta semana, deve dar mais impulso aos interesses comerciais dos dois países.
O ministro das Relações Exteriores disse que Pimentel se reunirá, especialmente, com representantes de empresas que investem no Brasil. Uma das pautas em questão diz respeito a possível parceria para a fabricação de veículos híbridos (movidos a etanol e eletricidade).
Patriota disse que o encontro em Brasília com o ministro da Coreia do Sul permitiu examinar o conjunto das relações bilaterais, que se desenvolve, segundo ele, em um ambiente de muita amizade, lastreada pela presença, no Brasil, de 50 mil pessoas de origem coreana e de empresas do país asiático.
Essas empresas, no seu entender, têm aumentado muito seus investimentos no Brasil. O comércio bilateral também tem crescido em ritmo forte, lembrou o ministro, de modo que a Coreia é hoje o terceiro parceiro do Brasil na Ásia e o sétimo no mundo.
Patriota salientou a importância do entendimento entre o Instituto Rio Branco e a academia diplomática da Coreia no sentido de promover maior aproximação entre os dois países, e expressou apreço pela reação positiva que o governo coreano dedicou ao Programa Ciência sem Fronteira, do governo brasileiro, dedicado à especialização de estudantes brasileiros no exterior.
O chanceler revelou que alguns estudantes brasileiros já estão estudando em Seul (capital da Coreia), e o governo coreano já mostrou disposição de ampliar o intercâmbio para receber mais alunos. Acena, inclusive, com a possibilidade de estágios profissionalizantes em companhias coreanas que investem no Brasil. ;É uma fórmula positiva, que está começando a criar raízes;, afirmou.