Primeiro, a Tunísia; depois, o Egito. Na sequência, o Iêmen. No próximo mês, será a vez de a Líbia realizar eleições nacionais rumo à transição democrática, após a queda de seus regimes autoritários. O pleito é o primeiro desde 1964 e ainda não tem dia marcado. Sabe-se apenas que ocorrerá no fim de junho, quando serão escolhidos os representantes do Parlamento pós-ditadura de Muamar Kadafi. Enquanto analistas e observadores internacionais assistem com otimismo aos processos nos três primeiros países, eles olham com cautela o caso da Líbia, ponderando que talvez ele esteja ocorrendo rápido demais. Disputas entre o governo interino e o Conselho Nacional de Transição (CNT) ; que assumiu o controle do país ; se somam às divisões entre grupos e facções insatisfeitos com seu papel na nova Líbia. O temor é de que a combinação, agravada com o enfraquecimento ou a ausência de instituições, possa abrir caminho para um nova fase de instabilidade no país, castigado por meses de um conflito armado.
Na última quarta-feira, a Comissão Nacional Eleitoral declarou que cerca de 2,7 milhões de líbios foram registrados como aptos a votar. Na ocasião, o secretário-geral e chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL), Ian Martin, descreveu o procedimento como um ;marco;. ;O feito é importante e uma fonte de orgulho para o povo líbio, que suportou 42 anos de negação de seus direitos políticos;, disse, referindo-se ao período da ditadura Kadafi, capturado e morto em outubro passado. No início do mês, porém, o próprio Davis chegou a manifestar preocupação com os desafios internos na Líbia, ao ser consultado pelos membros do Conselho de Segurança da ONU.
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