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Primeiros resultados da eleição presidencial indicam segundo turno

A batalha que se desenha para o segundo turno das eleições egípcias, entre 17 e 18 de junho, repete a receita seguida há gerações pela política do país: religião versus militarismo. Os resultados ainda não são oficiais, mas as especulações dos partidos e da imprensa árabe indicam que Mohamed Morsy, representante da Irmandade Muçulmana, e Ahmed Shafiq ; ex-premiê do antigo regime de Hosni Mubarak ; seguirão para o novo sufrágio. Ambas as possibilidades de governo, porém, levantam polêmica. Não apenas por estarem longe de representar o movimento revolucionário que derrubou a ditadura Mubarak, como por traçarem futuros muito distintos para a reconstrução do Egito.

Até o fechamento desta edição, das 13 mil assembleias de voto, 11 mil já haviam declarado os resultados. Estima-se que o islamita Morsy tenha saído na frente, com 25% dos votos, contra 24% de Shafiq, segundo dados preliminares divulgados pela emissora britânica BBC. No entanto, segundo a Comissão Eleitoral, os números oficiais só saem amanhã. Por enquanto, a única certeza é de que começa uma luta ferrenha por alianças com os candidatos possivelmente derrotados.