Cairo - Os centros eleitorais para a primeira eleição presidencial egípcia depois da queda de Hosni Mubarak fecharam nesta quinta-feira às 21h locais (16h de Brasília) ao final de dois dias de votação, indicaram fontes oficiais.
Nenhum eleitor pode votar nos centros após esta hora, mas aqueles que já estão dentro dos locais estão autorizados a permanecer até que concluam seu voto.
A apuração dos votos terá início logo depois do fechamento dos centros, que foi adiado em uma hora para permitir que o maior número de eleitores possa votar, assim como ocorreu na véspera.
Se nenhum dos 12 candidatos obtiver a maioria absoluta, um segundo turno está previsto para os dias 16 e 17 de junho.
"O país está no fundo do poço, em termos de segurança e de economia. Precisamos de alguém que nos salve", declarou Hala Esmat, uma das últimas pessoas a votar em uma escola do bairro popular de Sayyeda Zeinab. Ela disse que tinha votado no último primeiro-ministro de Hosni Mubarak, Ahmad Chafik.
Mais de 50 milhões de eleitores foram convocados para escolher entre 12 candidatos: islamitas, laicos, de esquerda ou liberais, partidários da "revolução" ou antigas autoridades do governo Mubarak.
Três horas antes do fechamento, o presidente da comissão eleitoral, Faruk Soltane, estimou a taxa de participação em 50%.
Os principais candidatos são o representante da Irmandade Muçulmana Mohammed Morsi, o islamita independente Abdel Moneim Abul Futuh, Ahmad Chafiq, ex-ministro das Relações Exteriores, o ex-chefe da Liga Árabe Amr Mussa e o nacionalista árabe Hamdeen Sabbahi.