Jornal Correio Braziliense

Mundo

Eleição no Egito conta com 12 candidatos e possível segundo turno

Cairo - A eleição presidencial egípcia será realizada nesta quarta-feira (23/5) e, se nenhum candidato conseguir a maioria absoluta, um segundo turno acontecerá nos dias 16 e 17 de junho. O corpo eleitoral é composto por cerca de 52 milhões de egípcios com mais de 18 anos. Os expatriados podem votar, e já o fizeram nos dias 11 e 17 de maio. As urnas serão abertas às 08h e fechadas às 20h (03h-15h no horário de Brasília).

Os resultados oficiais do primeiro turno serão anunciados em 27 de maio e os do segundo turno, em 21 de junho. Há doze candidatos na disputa, após a impugnação de dez por irregularidades no registro ou condenações judiciais, o que os torna inelegíveis. Outro candidato desistiu por opção.

O Alto Comissariado Eleitoral, composto por juízes, é responsável pela supervisão da eleição. As autoridades haviam rejeitado inicialmente a presença de observadores estrangeiros, mas eventualmente mudaram de ideia e admitiram a presença de vários, incluindo representantes do Centro Carter, dos Estados Unidos.

Os principais candidatos são Amr Musa (ex-ministro das Relações Exteriores de Hosni Mubarak e ex-chefe da Liga Árabe), Abdel Moneim Abul Futuh (islamita independente), Mohamed Mursi (da Irmandade Muçulmana) e Ahmed Shafiq (o último primeiro-ministro de Mubarak).

Outros candidatos com menos chance de chegar ao segundo turno, mas que podem atingir percentuais significativos, são Hamdin Sabahi (da esquerda nasserista), Selim al-Awa (islamita) e Ali Khaled (militantes pró-direitos Humanos).

Entre os candidatos, não há uma mulher ou qualquer membro da comunidade de cristãos coptas (que representam cerca de 10% da população).

Em um país com 40% de analfabetismo, o nome de cada candidato estará associado a um símbolo na cédula: Musa com o sol, Abul Futuh com um cavalo, Mursi com uma balança e Shafiq com uma escada.

O Conselho Superior das Forças Armadas (CSFA), que governa o país desde a queda de Mubarak em fevereiro de 2011, comprometeu-se a entregar o poder até 30 de junho. O novo presidente terá um mandato de quatro anos.