Mais de uma década após o início de um conflito sangrento, os líderes aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram nessa segunda-feira (21/5), formalmente, em entregar o papel principal da segurança no Afeganistão às suas próprias forças até meados de 2013. O prazo marca o começo da etapa final da guerra que arrasou o país e causou a morte de 3 mil soldados e de dezenas de milhares de civis. Pelo cronograma, a retirada total dos 130 mil militares ocidentais deve se completar no fim de 2014. Convidado à cúpula, o presidente afegão, Hamid Karzai, conseguiu o comprometimento da aliança militar ocidental de investimentos da ordem de US$ 4,1 bilhões destinados a manter a estabilidade do país no pós-guerra. No entanto, analistas veem muitas questões em aberto sobre o futuro afegão.
Reunidos em uma cúpula extraordinária em Chicago (Illinois, EUA), os 28 membros da Otan afirmaram que ;a transição irreversível da total responsabilidade pela segurança da Isaf (força da Otan no Afeganistão) para as Forças de Segurança Nacionais Afegãs está a caminho;. ;A transição significa que os afegãos verão seu Exército e sua polícia patrulhando cada vez mais suas cidades e povoados;, acrescentou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen. Antes, na abertura do encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia garantido que ;os afegãos não ficarão sozinhos, na medida em que voltam a se erguer; como povo.