Washington - Congressistas dos Estados Unidos e ativistas pediram nesta terça-feira (15/5) que se mantenha a pressão sobre a China até que o dissidente Chen Guangcheng seja autorizado a deixar o país.
"Pediria (às autoridades chinesas) que não se esqueçam de Chen e de sua família, e de outros que estão colocando em risco sua segurança e suas vidas por ele", disse o congressista republicano Chris Smith, que presidiu as audiências realizadas para acompanhar a situação de Chen.
"A história, infelizmente, está longe de ter terminado", acrescentou Smith.
Washington assegurou em 4 de maio que a China permitiria ao advogado cego viajar aos Estados Unidos para estudar, depois de este ter se refugiado na embaixada americana em Pequim após a sua fuga da prisão domiciliar ao qual estava submetido.
Chen -um duro crítico das políticas do filho único na China- segue internado em um hospital de Pequim cuidando de ferimentos, enquanto as autoridades chinesas seguem sem oferecer uma saída para a sua situação.
A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, afirmou que "todos os trâmites necessários nos Estados Unidos estão completos" para conceder vistos a Chen, sua esposa e seus dois filhos.
"Estamos prontos, para quando ele e seu governo também estiverem", acrescentou.
Bob Fu, um ativista e amigo de Chen, assegurou que espera que o dissidente e sua família possam viajar aos Estados Unidos "muito em breve".
"Espero que o Congresso faça mais para controlar e pressionar o governo para assegurar que os direitos civis de Chen Guangcheng e de sua família sejam protegidos pela lei", disse Fu, fundador do grupo ChinaAid, durante uma audiência no Congresso.